por Rodolfo Morsoletto

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Pelézinhos

Já virou moda no futebol, investir em garotos de pouca idade e por conseqüência em suas famílias.

O mais novo caso é o de Rhain Davis, nove anos, australiano, que através de um DVD enviado pelo avô, residente na Inglaterra, despertou o interesse do Manchester United. O clube ficou tão encantado com o potencial do menino que já lhe ofereceu uma bolsa e convidou seus pais para morarem em Manchester.

Assistindo ao vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=hG47FDenyXw), não dá pra negar que Rhain é craque e tem tudo para arrebentar.

No futebol brasileiro, também existem times que fazem este tipo de investimento. O caso mais famoso é o do garoto Neymar, apontado como o sucessor de Robinho, e que joga nas categorias de base do Santos.

O clube da Vila Belmiro lhe paga um salário acima da média e oferece todo um suporte para a família do menino.

E como se trata de uma aposta, o clube corre o risco de não ter o retorno esperado. No Brasil, são muitos os casos de jogadores brasileiros que arrebentaram nas categorias e seleções de base que sumiram ou não corresponderam: Renatinho, Harrison, Léo Lima, Leando Bonfim, Tiago Ribeiro, Élton, Rodrigo Gral, Rubinho, Nélio, etc. Tudo bem que nenhum deles tiveram o tratamento de Neymar, mas eram considerados jovens promissores.

Um outro fator que pode desestabilizar a vida do menino é o alto salário. Por mais que tenha humildade e cabeça no lugar, quem garante que seus jovens companheiros não vão se queixar e talvez evitar de tocar a bola para ele, já que não recebem o mesmo?

Nos atuais padrões brasileiros, é necessária muita cautela com este tipo de investimento. Para clubes que mal conseguem pagar os salários em dia, o dinheiro pode tanto fazer falta, como também encher os cofres em caso de sucesso.

Em contrapartida, na Europa, grana não é problema e o histórico é bom. Messi é o maior exemplo.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Problemas do Timão

Atualmente, a desorganização não é apenas política no Corinthians. Ela também pode ser percebida dentro de campo, como nos 3 a 0 para o Inter. No Timão, é difícil saber quem é lateral, quem é meia, quem é atacante e por aí vai.

No Beira Rio, a equipe tentava a todo momento fazer a ligação direta da defesa para o ataque, explorando o garoto William pelo lado esquerdo. Ninguém organizava o meio e não existiam jogadas de ultrapassagens com os laterais ou “pseudolaterais”.

Há seis partidas o Timão não sabe o que é vencer e já beira a zona de rebaixamento. Carpegiani ainda não conseguiu dar um padrão de jogo ao time e dificilmente vai encontrar soluções dentro do próprio elenco. E no futebol brasileiro, quando as vitórias não aparecem, já nos acostumamos a saber quem paga o Alexandre. Opa, o Pato.

sábado, 14 de julho de 2007

Na genialidade de Robinho

A Argentina é favorita como diria Dunga, Juan, Julio Baptista, eu, meu pai, minha mãe...
Isso não quer dizer que será campeã.

No Brasil, Elano vai para o lugar de Gilberto Silva. Com a entrada do camisa 7, a Seleção deve mudar para o 4-2-2-2, jogando num esquema diferente do time de Basile.

Eles são mais experientes, jogam um futebol de encher os olhos, têm Messi e esperam por um jogo como esse há tempos.

Nós, apesar de estarmos com um time jovem e sem jogar uma bola redondinha, contamos com Robinho. Ele não é melhor que La Pulga, mas pode decidir uma partida sozinho.

Vou torcer pra que isso aconteça amanhã, mas ainda acredito no título argentino.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

O Losango

O meio-de-campo argentino joga assim porque seus jogadores se encaixam nessa formação. Mascherano na frente da defesa, Verón pela direita, Cambiasso pela esquerda e Riquelme solto mais à frente.

Dunga diz que eles jogam com três volantes. Mas desde quando Verón é um meio-campista de marcação? No Brasil, ele tentou o mesmo, mas com Gilberto Silva, Mineiro, Josué e Julio Baptista. Ou seja, tentou adaptar os jogadores ao esquema.

No time de Afilo Basile, acontece o inverso. Os atletas cumprem com aquilo que sabem dentro de campo e com isso os passes saem e o jogo flui. São três jogos, três vitórias e um futebol que convence.